Inovação e competitividade: como a IA está remodelando setores-chave

E as ferramentas para usar já. Saiba mais nesta reportagem do Mercado Competitivo 

A Inteligência Artificial deixou de ser uma promessa distante para se tornar motor de competitividade em praticamente todos os setores da economia. De acordo com a Gartner, os investimentos globais em IA devem atingir US$ 644 bilhões em 2025, um salto de 76% em relação ao ano anterior. O avanço é impulsionado pela corrida das empresas para automatizar processos, personalizar serviços e gerar eficiência operacional em larga escala. 

O desafio agora é transformar hype em resultado. A IDC aponta que 87% das companhias já consideram a IA uma prioridade estratégica, mas 60% ainda não atingiram o valor esperado por falta de governança e maturidade em dados. 

Varejo: personalização e experiência integrada 

No varejo, a IA está redefinindo a relação entre marcas e consumidores. Modelos de recomendação preditiva aumentam a conversão e o ticket médio, enquanto chatbots generativos reduzem custos e agilizam o atendimento. 

Empresas como Magazine Luiza e Carrefour já exploram soluções que combinam IA e visão computacional para monitorar prateleiras, prever ruptura de estoque e ajustar promoções em tempo real. 

Além disso, o avanço do omnichannel inteligente, que integra loja física, app e e-commerce com base em dados de comportamento, tornou-se essencial. Segundo o Ebit|Nielsen, operações omnichannel registram até 35% mais recorrência de compra do que canais isolados. 

Indústria: eficiência e manutenção preditiva 

Na indústria, a adoção da IA vem sendo guiada pelo conceito de fábrica inteligente.
Sistemas de manutenção preditiva combinam sensores IoT e algoritmos para identificar falhas antes que elas causem paradas.
De acordo com a McKinsey, essa tecnologia reduz custos de manutenção em até 30% e eleva a disponibilidade de equipamentos em 10% a 15%. 

Outras aplicações ganham tração: gêmeos digitais (digital twins) simulam processos de produção em tempo real, e ferramentas de controle de qualidade automatizado usam visão computacional para detectar defeitos invisíveis a olho nu. 

 Empresas bem-sucedidas compartilham três elementos: dados de qualidade, governança clara e alinhamento entre tecnologia e negócio. A Solversys, por exemplo, desenvolve soluções de IA e realidade aumentada que conectam eficiência operacional e aprendizado contínuo, mostrando que inovação e propósito podem caminhar juntos. 

Serviços e finanças: automação inteligente e prevenção de fraudes 

Nos serviços e nas finanças, a IA é sinônimo de automação e precisão.
O uso de RPA (automação robótica de processos) aliado a algoritmos cognitivos já é capaz de processar tarefas repetitivas, como conciliação contábil e análise de crédito, com até 80% menos tempo de execução. 

Na área de segurança e pagamentos, o destaque é a IA antifraude, que monitora transações em tempo real e identifica padrões anômalos. Segundo a Juniper Research, essas soluções devem economizar mais de US$ 12 bilhões anuais para o setor financeiro até 2027. 

Ferramentas que já estão ao alcance das empresas 

Mesmo negócios de médio porte podem incorporar soluções de IA hoje. Algumas ferramentas acessíveis e eficazes incluem: 

  • ChatGPT (OpenAI) e Microsoft Copilot: geração de conteúdo, atendimento e análise de dados. 
  • UiPath e Power Automate: automação de fluxos e integração de sistemas. 
  • Google Vision AI e Amazon Rekognition: visão computacional e inspeção de produtos. 
  • DataRobot e Amazon Forecast: previsão de demanda e análise de séries históricas. 

Essas plataformas permitem validar hipóteses rapidamente e mensurar ganhos de produtividade antes de escalar projetos maiores. 

O próximo passo: IA com propósito 

O avanço da IA não é apenas tecnológico, é estratégico. Empresas bem-sucedidas compartilham três elementos: dados de qualidade, governança clara e alinhamento entre tecnologia e negócio. 

A IA deixa de ser ferramenta isolada e se torna parte da estrutura competitiva das organizações. O foco não está em automatizar por automatizar, mas em gerar valor sustentável, reduzir desperdícios e aprimorar a experiência de clientes e colaboradores. 

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